Iniciamos com mais um dos
assuntos polêmicos de nossas reuniões? Qual a melhor tampa para o vinho? A
cortiça? A tampa sintética? A tampa de rosca? Enfim, qual manterá a integridade
do vinho por mais tempo? São tantos detalhes que temos que levar em
consideração no momento de comprar o vinho que quase enlouquecemos pensando.
Por isso falaremos um pouquinho
sobre as tampas, vantagens e desvantagens das mais usadas ultimamente pelos
produtores de vinhos.
Em principio somente existiam as
rolhas de cortiça tanto que ainda muitos apreciadores de vinho ainda só confiam
em esse tipo de tampa para manter a integridade do vinho. Porém o mundo se
modernizou e com isso as tampas também. Grande parte dos produtores mundiais estão
adotando outro tipo de tampa que não a de cortiça. Enólogos célebres, como Paul
Portalier da Chateau Margeaux, estão experimentando a screwcap.
Tipos de Rolhas:
Cortiça – Colhida a partir da casca de sobreiro, tem sido usada há
séculos e utilizadas por 80% de todas as novas garrafas de vinho atualmente.
Portugal é o maior produto. Mas nem todas as rolhas são feitas 100% de cortiça.
Algumas são aglomeradas de cortiça que são mais baratas. Este tipo de rolha às
vezes interfere no aroma do vinho.
Prós: Ele comprime e se expande dentro da garrafa facilmente, selando
bem a garrafa, porém permite que entre uma pequena quantidade de ar para
interagir com o vinho, o que pode auxiliar o processo de envelhecimento. Contras: Requer um saca-rolha, é
quebrável e pode mudar o gosto do vinho dando-lhe um gosto de pão amanhecido
(mofo) e um aroma de papelão molhado aroma estragando assim o vinho.
Tampa de Rosca/Screwcap - Esta tampa de alumínio reciclável é
amplamente utilizada na Austrália e Nova Zelândia para os vinhos brancos e
tintos de alta qualidade. Seu material é o mesmo das tampas de remédios e
é mais barata.
Prós: Embora ela não vede hermeticamente o vinho, ele impede
mais a entrada de ar do que a cortiça natural, ajudando a preservar os aromas
originais e sabores do vinho. Contras:
Por não permitir o vinho respirar há um pequeno risco de o sulfeto transmitir
aroma inconsistente.
Rolha Sintética - A maioria dos produtos sintéticos utilizados hoje
é de plástico à base de petróleo, mas uma das maiores fabricantes de cortiça
falsa, Nomacorc, lançou recentemente uma rolha sintética derivada da
cana-de-açúcar. Este tampa impede totalmente a entrada de ar. É mais barata e
são ideais para vinhos jovens e mais baratos, que podem ser guardados por 1 a
cinco anos. Foi aprovado para vinhos brancos.
Prós: Ele se parece com uma rolha e permite que o vinho respire a
uma percentagem consistente e não há nenhum risco de gosto a rolha.
Contras: Alguns afirmam que o plástico dá um gosto químico no vinho.
Rolha de vidro - Um selante de vidro com um anel de vedação que se
assemelha a uma rolha de jarro antigo. Algumas vezes são feitos de silicone.
Não tem sabor, não tem cheiro e impede o contato da bebida com o oxigênio. Não
se sabe se são 100% eficazes. Muitos produtores na Alemanha e Napa Valley já
estão usando.
Prós: Nenhum impacto sobre o aroma ou sabores e veda hermeticamente
a garrafa, reduzindo o risco de oxidação e preservar aromas originais do vinho.
Contras: Deve ser manualmente inserida na garrafa. Esta é uma
grande despesa, o que significa vinhos mais caros para você.
Zork - Outra tampa que se parece com uma rolha de jarro, este tampa
- que está ganhando fãs de produtores na Austrália, onde foi lançado pela
primeira vez - é exibida depois de descascar uma camada de proteção.
Prós: Produz um som "pop" e não há risco dedar gosto ao vinho. Ele pode ser usado para vinhos
e espumantes.
Contras: Só se encaixa em um gargalo especialmente projetado. Isso
aumenta o custo, o que acabará por ser transferidos para o comprador.
A polêmica sobre as tampas
continua e é grande. Há pessoas que não compram vinhos sem a tradicional rolha
de cortiça. Se apareceram novos tipos de tampas é porque o custo das tampas de
cortiça é alto. Mas realmente para vinhos de guarda a rolha de cortiça continua
sendo a melhor opção por causa da oxigenação e de poder envelhecer mais
seguramente. Agora para vinhos de consumo diário não há problema em utilizar
outros tipos de rolhas já que são mais baratas, recicláveis, biodegradáveis e
não irão danificar o vinho.
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